quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Crianças: Aprendizagem, mídia e emoções destrutivas



Dois grandes sentidos de aprendizagem para uma criança é ver e ouvir. Enganam-se as pessoas que acreditam que crianças só aprendem coisas boas ao visualizarem e ouvirem coisas boas, pois também atitudes ruins são aprendidas e reproduzidas igualmente.

Atitudes violentas amplamente divulgadas (transmitidas) como  “informações” são facilmente captadas e aprendidas por crianças, jovens e inclusive adultos.
Não há distinção de maior ou menor aprendizado entre as classes sociais, todos(as), de uma forma ou de outra somos influenciados em nossas emoções por aquilo que aprendemos.

Nossas emoções podem se traduzir rapidamente em ações e como dificilmente nos preparamos para entender e lidar com nossas emoções, passamos a agir totalmente tomados por sentimentos como ódio ou raiva. Sentimentos como esses transformados em ações, podem ser chamados de Emoções Destrutivas.

Quando não controlamos nossas ações, agimos sem parâmetros. Um pequeno exemplo é que não só no Brasil, mas também em muitos países, estamos percebendo um crescente índice de crianças ou jovens que ao se apoderarem de uma arma, entram em escolas ou lugares movimentados e atiram em qualquer pessoa, como alvos a serem eliminados.

Muito distante de suas raízes e de forma superficial a sociedade se propõe a enfrentar tais problemas com medidas rápidas, porém paliativas. A grande verdade é que não basta olharmos para essas ações de forma isolada, como se a solução estivesse em apenas impedir que a arma esteja ao alcance, mas profundamente entendermos as razões do que sentiam essas crianças e jovens, para fora de controle, se transformarem em emoções totalmente destrutivas.
Em nossa sociedade atual, pouquíssimas crianças (e grande parte dos adultos) são preparadas para compreenderem as próprias emoções.

Todos os dias, nossas crianças são expostas a uma grande quantidade de informações que chegam através do computador, celular, televisão, telejornais, rádios, jornais impressos, entre outros. A questão é – se não houver o controle das emoções, tais “informações” aprendidas, continuarão tornando-as vulneráveis a facilmente ultrapassarem “limites” que as ponderam para ações altamente destrutivas.

Sérgio Rapozo Calixto - Pedagogo Social

Essa pauta não extingue a discussão e tem o objetivo de abrir o diálogo, sugerir reflexões e caminhos possíveis.

Tema/Palestra a ser abordada no Comitê de Cultura de Paz
Dia 12 de Novembro de 2014.
Horário 19h - na sede do Jornal Folha da Região em Araçatuba

Um comentário:

Cléo disse...

Perfeito Sérgio! Parabéns!

Palestra "Direitos para a Convivência Humana" (Edição Resumida)